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O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) é "a autoridade do Ministério da Agricultura para o Douro e para implementar a política do Governo para os ...
ARTIGO
O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) é "a autoridade do Ministério da Agricultura para o Douro e para implementar a política do Governo para os vinhos do Douro e do Porto", afirmou ao DN o ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Jaime Silva.Depois de ter reconduzido Jorge Monteiro à frente do IVDP e de ter reforçado os poderes do instituto, Jaime Silva explicou ao DN, à margem da inauguração da Essência do Vinho - que decorreu no fim-de-semana no Porto -, que "os agricultores durienses têm de saber que a voz do ministério no Douro é o IVDP, para onde podem canalizar o que pensam, o que são os seus problemas e aquilo que é a obrigação que têm, juntamente com o Governo, de preservar a excelência do vale do Douro e dos seus vinhos". Sem nunca se referir à Casa do Douro ou a qualquer outro organismo, o ministro sublinhou que "a voz do Douro são os durienses".
Perante isto, e depois de ser conhecida a nova lei orgânica para o IVDP (ver edição de sexta-feira), Jaime Silva mostrou-se confiante no trabalho que o instituto irá desenvolver com a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte. Sobretudo para "preservar o património classificado pela UNESCO [socalcos], que tem um programa com apoios financeiros e dinamizar a reconversão das vinhas e da fileira do vinho do Douro e do Porto".
Outro problema que o ministro quer resolver é o das adegas cooperativas, que comercializam cerca de 50% da produção e "são aquelas que podem servir como garantia de rendimento dos pequenos produtores". "O IVDP, com a Direcção Regional do Norte, vai dar a volta a esse problema", diz. A solução passa pela fusão de algumas e por uma gestão empresarial, já que, afiança, "há muitas adegas no Douro, mas poucas em situação financeira equilibrada".
Fusão das CVR
Jaime Silva tem acompanhado o processo de fusão das comissões vitivinícolas regionais (CVR), resultado da nova Lei-Quadro Demarcadas, que define que em cada região haverá só uma entidade certificadora de vinhos. Jaime Silva tem defendido apenas sete CVR, pois para lá dos ganhos de dimensão, a fusão permitirá ganhar rentabilidade e força negocial junto do Poder.
O processo não tem sido pacífico, sobretudo no Centro, onde a Bairrada se tem mostrado mais disponível para se unir à Beira Interior e não ao Dão. Por isso, esta CVR prefere aliar-se a Lafões e Távora-Varosa e candidatar-se a entidade certificadora.
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