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15 novembro 2007

“Os Verdes” recorrem à UNESCO para evitar construção de barragem no Tua

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Alegando impactos negativos em paisagem património do mundo


“Os Verdes” recorrem à UNESCO para evitar construção de barragem no Tua


A intenção do Governo construir uma barragem na foz do Tua já está a levantar polémica. Alegando que a construção vai ter impactos negativos, o partido “Os Verdes” já pediu a intervenção da UNESCO, responsável pela classificação da parte da área em causa como património do mundo. O presidente da Câmara de Mirandela também é contra porque a construção da albufeira vai acabar com o que resta da linha férrea do Tua.



O partido ecologista “Os Verdes” entregou vários documentos à UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura ) na tentativa de vir a impedir a construção da barragem na Foz do Tua, em plena zona do Alto Douro Vinhateiro, classificado como Património Mundial por aquele organismo. “É um apelo ao comité para que intervenha junto do Estado Português, no sentido de zelar pela integridade do património”, especificou a dirigente do partido, Manuela Cunha, revelando que “a barragem vai ter impactos muito grandes na emblemática paisagem”.
A dirigente de "Os Verdes" considera mesmo que, se o Governo construir esta albufeira, integrada no Plano Nacional de Barragens, está a desrespeitar o Plano de Ordenamento do Território do Alto Douro Vinhateiro, aprovado em Conselho de Ministros. “Esse plano era um instrumento que o próprio Governo tinha criado como um instrumento para preservar e intervir na área classificada, e, também aqui, este plano é, de certa maneira, desrespeitado”, afirma Manuela Cunha.
Para além disso, de acordo com a mesma fonte, a construção da barragem implicaria o encerramento da linha-férrea do Tua. “A linha do Tua não é só por si classificada, mas integra uma área classificada e tudo isso está ameaçado, a paisagem é ameaçada com todo um património”, revela a dirigente de "Os Verdes".

Mirandela exige contrapartidas

À semelhança deste partido, o presidente da Câmara de Mirandela também é contra a construção da barragem, nomeadamente por fazer desaparecer o que resta da linha do Tua. No entanto, José Silvano está consciente que os restantes autarcas dos concelhos abrangidos pela albufeira estão na disposição de aceitar a sua construção e, por isso, já apresentou alternativas para que Mirandela recolha benefícios turísticos, caso a barragem avance. Segundo o autarca, a sua proposta foi oficializada no âmbito da discussão pública que teve lugar por causa da construção da albufeira, nomeadamente num debate organizado pela autarquia e pelo Movimento Cívico da Linha do Tua (MCLT), para discutir as consequências da construção da barragem.
“O plano que apresentei ao Governo prevê primeiro que o IC5 seja prioridade absoluta” especificou o autarca, acrescentando “que e a barragem só pode ter sentido turístico se tiver um canal de ligação entre o Douro e o vale do Tua, com uma inclusa na barragem para os barcos passarem”. Além disso, José Silvano quer ainda que “o espelho de água chegue ao açude de Mirandela”.
O MCLT considera que a construção da barragem vai condenar ao desaparecimento um percurso turístico que leva cerca de 20 mil turistas, por ano, a percorrer os carris entre o Tua e Mirandela, para apreciar a paisagem no troço que sobreviveu ao encerramento da década de 90. Para os responsáveis deste movimento cívico, a decisão agravará a desertificação da região e também levará à perda de património público, com a destruição de estações, degradação das obras de arte ou a sua venda a particulares.


Data de Publicação: 15/11/2007
Artigo de: Sandra Bento
in http://www.semanariotransmontano.com/noticia_jornalista.asp?id_noticia_jornalista=7595

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