A região do Douro “tem que deixar de ser a vergonha nacional”, por ser uma das zonas mais deprimidas do país. A declaração foi feita pelo autarca de Tabuaço, que recebeu a primeira reunião dos responsáveis pela Estrutura de Missão do Douro.
O presidente da Câmara de Tabuaço, José Carlos Pinto dos Santos foi o anfitrião da primeira reunião dos 21 autarcas da Região Demarcada do Douro com os responsáveis pela Estrutura de Missão do Douro (EMD), liderada por Ricardo Magalhães, que tem como objectivo, até 2013, fazer sair o Douro do atraso em que se encontra. Para isso, existe um conjunto de propostas da estrutura de missão e o Programa Intermunicipal do Douro, que deverão ser instrumentos para desencravar a região douriense do seu atraso.
Pinto dos Santos não tem dúvidas de que esse “desencravar do Douro” só será possível quando o “Terreiro do Paço conseguir ter um olhar ousado, sério e firme” para a região, de forma a que esta possa fazer jus ao propalado potencial de desenvolvimento.
O autarca admite, no entanto, que esse tal “olhar ousado” pode encaixar no perfil dos objectivos que estão na génese da criação da Estrutura de Missão do Douro, sendo, como é o caso, “liderada por um homem - Ricardo Magalhães - que conhece bem a região”. E garante que todos os presidentes dos 21 municípios “estão unidos” no propósito de não deixar passar esta oportunidade, colocando Pinto dos Santos no topo das prioridades o turismo, o combate à desertificação humana e a modernização da rede de acessos rodoviários, como é o caso da conclusão das auto-estradas A-24 e A-4, e os Itinerários Complementares (IC) 26 e 5.
No entanto, nesta primeira reunião com a EMD, criada há apenas um mês e meio, explicou o autarca, foi apenas explicada a estrutura e forma de funcionamento, sendo, no entanto, “óbvio” que esta terá, “forçosamente”, que ser uma “voz que se faça ouvir e respeitada” para que, por exemplo, o Plano Integrado de Desenvolvimento Turístico possa ser um sucesso. Para já ficou acertada a ideia de reunir trimestralmente para que os protagonistas, autarcas e, como lhe chamou já o presidente da CCDR-Norte, Carlos Lage, “senhor - Ricardo Magalhães - Douro”, sejam informados sobre o andamento e resultados da acção da EMD.
ùltima oportunidade
Uma ideia que ficou clara na mente dos autarcas é que esta pode ser a “última oportunidade” para que o Douro deixe de ser uma vergonha nacional, porque, para Pinto dos Santos, “não são só os autarcas locais, também o poder central se deve envergonhar com a situação”. E os fundos inerentes ao QREN para o período 2007-2013 são a alavanca que a região urge ver aplicados com “conta, peso e medida” para que os objectivos “sejam cumpridos”. Também confiante está Francisco Ribeiro, o presidente socialista da Câmara de Santa Marta de Penaguião, que diz acreditar que estão reunidas as condições para o desenvolvimento do Douro. “Temos consciência de que não é possível tudo o que é necessário para o Douro, por isso há que definir as principais prioridades”, salientou. Acrescentou que, tal como estabelecido no Plano de Acção Intermunicipal do Douro que se pretende implementar entre 2007 e 2013, a região precisa “urgentemente” de novas acessibilidade que liguem as sedes dos concelhos às principais vias rodoviárias. Para o autarca, o desenvolvimento da região passa também pela promoção turística e valorização dos seus produtos regionais.
Já o independente José Marques, presidente da Câmara de Sabrosa, realçou a “importância” da linha ferroviária da Douro como “meio de transporte” e como “componente do Património Mundial”. O autarca enfatizou o papel da Unidade de Missão do Douro, que “vai criar unidade” entre os vários planos e projectos previstos.
in O Primeiro de Janeiro
17 maio 2007
Acabar com a vergonha nacional
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